*artigo atualizado em dezembro de 2022.
Além de ser um objetivo muito comum para uma mudança estética, a redução ponderal (quando há maior gasto do que obtenção de calorias, por ingestão e absorção) ou de gordura corporal proporciona vários benefícios, como redução da pressão arterial, regulação dos níveis glicêmicos entre outros.
Entretanto, um dos erros de grande parte dos profissionais que tratam gordura corporal com princípios ativos lipolíticos ou recursos de eletroterapia que estimulam a lipólise é posteriormente não propiciar a oxidação dos ácidos graxos.
Após técnicas que estimulam a lipólise: métodos manuais ou recursos de equipamentos?
Dentro da área da dermato, normalmente os profissionais ficam em dúvida sobre como proceder após a utilização das diversas técnicas que estimulam a lipólise: utilizar métodos manuais como DLM (drenagem linfática manual) e massagem modeladora, ou recursos como plataforma vibratória ou corrente russa.
Os tratamentos aplicados pela área estética geram a lipólise e, consequentemente, a liberação do ácido graxo.
Reservas de ácidos graxos e a gordura corporal
Segundo a literatura, os ácidos graxos contemplam a maior reserva de energia do organismo, detectada na forma de triacilgliceróis no tecido adiposo e no plasma, e na forma de ácidos graxos livres no sangue.
Cada triacilglicerol é formado por uma molécula de glicerol e três de ácidos graxos ligados entre si por ligações éster, por isso também são chamados de ácidos graxos esterificados.
Dentro desse contexto, quando ocorre desequilíbrio na entre a quantidade de energia ingerida e otimizada, os excessos de proteínas e carboidratos da dieta são rapidamente convertidos em ácidos graxos e armazenados como triacilgliceróis.
Após tratamento que estimula a lipólise: metabolizar os ácidos graxos
Dessa forma, após a realização de um tratamento estético para gordura corporal que estimula a lipólise, é fundamental que o paciente seja submetido a alguma atividade física que metabolize esse ácido graxo recentemente liberado. Caso contrário, a probabilidade desse ácido graxo voltar a ser armazenado é enorme.
Trata-se de uma dica simples, com resultados comprovados e economicamente vantajosa. A atividade física, principalmente se for aeróbia, induz ao aumento da densidade de capilares no tecido adiposo e da capacidade de oxidação dos ácidos graxos.
Por isso, é fundamental conscientizar o paciente sobre a importância de incluir os exercícios na rotina.
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Processo cíclico
Vale lembrar que quanto maior for o nível de treinamento aeróbio do indivíduo, maior será sua capacidade de utilização de gordura como fonte de energia.
Esse processo está diretamente relacionado à aquisição celular de novas mitocôndrias e enzimas críticas do Ciclo de Krebs, consequências do treino aeróbio.
Segundo estudos, um aumento na quantidade de mitocôndrias e o incremento de seu volume proporcionam uma área de superfície maior para o recebimento de ácidos graxos e maior capacidade de utilizá-los.
Tratamento estético é multidisciplinar
Dessa forma é imprescindível que o profissional de estética seja um mentor para o seu paciente, explicando para ele como funciona o seu metabolismo e o quão importante é que ele associe tratamentos estéticos a uma rotina de exercícios físicos.
Além de impulsionar os resultados dos tratamentos, essa ação irá gerar mais credibilidade e confiança no trabalho.
O tratamento estético é multidisciplinar, e um dos maiores diferenciais do profissional é a capacidade de manter o paciente focado e engajado no tratamento.
Quer saber mais ou ficou com alguma dúvida sobre a importância de metabolizar ácidos graxos após os tratamentos de gordura corporal? Deixe seu comentário. Será um prazer ajudar!
REFERÊNCIAS
ROBERGS, R. A. Princípios |Fundamentais de Fisiologia do Exercício: para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo : Phorte, 2002
GUYTON, A.C. & HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
NELSON, D.L. & COX, M.M. Lehninger princípios de bioquímica. 3. ed. São Paulo: Sarvier, 2002.
NOVAS, A.M.; ROWBOTTOM, D.G; & JENKINS, D.G. A practical method of estimating energy expenditure during tennis play. J. Sci. Med. Sport., 6:40-50, 2003.
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Olá Ioná,
Nós não somos clínica de estética.
Recomendo que busque uma em sua cidade 😉
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