A reabilitação cardíaca é essencial para a recuperação de pacientes que passaram por cirurgias do coração.
Esse processo envolve uma série de cuidados, entre eles a fisioterapia, que desempenha um papel fundamental na mobilização precoce, prevenção de complicações e retomada da autonomia.
Estudos científicos determinam que os pacientes que ficam imóveis na UTI têm muito mais prejuízos do que aqueles que se movimentam ou que são estimulados. O papel da fisioterapia é justamente esse: levar o movimento para os pacientes.
A importância da mobilização precoce
A imobilidade prolongada no pós-operatório pode trazer várias consequências negativas, como perda de massa muscular, complicações circulatórias e respiratórias.
Por isso, a fisioterapia deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente em até 12 horas após a cirurgia, respeitando sempre as condições do paciente.
Tipos de reabilitação cardíaca
A reabilitação cardíaca pode ser realizada de duas formas:
Fisioterapia passiva
Aplicada a pacientes sedados ou sem condições de se movimentar, onde o fisioterapeuta realiza os movimentos para evitar sequelas da imobilidade.
Fisioterapia ativa
Envolve o próprio paciente na execução de exercícios motores e respiratórios, com o objetivo de fortalecer a musculatura e melhorar a capacidade pulmonar.
Benefícios da fisioterapia na recuperação
A reabilitação cardíaca através da fisioterapia traz diversos benefícios, como:
- Prevenção de trombose venosa profunda.
- Redução do risco de pneumonias e atelectasias.
- Manutenção da integridade das articulações.
- Melhora da oxigenação e expansão pulmonar.
- Redução de dores e necessidade de analgésicos.
- Recuperação neurológica mais rápida, evitando quadros de delírio.
Os exercícios respiratórios são cruciais para evitar o acúmulo de secreções pulmonares, que podem levar a infecções. Muitos pacientes evitam tossir por medo da dor, mas com o acompanhamento adequado, esse desconforto pode ser reduzido.
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Progressão da fisioterapia
A reabilitação cardíaca segue uma progressão estruturada, acompanhando a recuperação gradual do paciente. Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, inicia-se a mobilização ainda na cama, com exercícios respiratórios para evitar o acúmulo de secreções e complicações pulmonares.
No segundo dia, o paciente já é incentivado a sentar-se na cadeira e realizar pequenos deslocamentos dentro da UTI, sempre sob supervisão da equipe de fisioterapia.
Entre o terceiro e o quinto dia do pós-operatório, as caminhadas supervisionadas tornam-se mais frequentes, e a intensidade dos exercícios aumenta gradualmente, respeitando os limites individuais de cada paciente.
A cada dia, a mobilidade melhora, e o corpo vai readquirindo força e resistência. Antes da alta hospitalar, o paciente deve ser capaz de subir pequenos lances de escada, garantindo que tenha segurança para retomar suas atividades diárias ao retornar para casa.
Cuidados e exercícios em casa
Após a alta, os exercícios devem ser mantidos conforme a orientação do fisioterapeuta, incluindo caminhadas diárias de 15 a 20 minutos em terrenos planos.
Além disso, o paciente deve evitar permanecer deitado por longos períodos, incentivando a movimentação ao longo do dia.
Em casos que exigem um acompanhamento mais próximo, é recomendada a fisioterapia domiciliar ou a reabilitação supervisionada em clínicas especializadas.
Suporte emocional
Além dos benefícios físicos, a reabilitação cardíaca também desempenha um papel crucial no bem-estar emocional dos pacientes. Após uma cirurgia cardíaca, é comum que os pacientes sintam medo, ansiedade ou insegurança em relação às suas limitações e ao futuro.
A presença de um fisioterapeuta durante o processo ajuda a aumentar a confiança do paciente, tornando a recuperação mais tranquila.
Além disso, o apoio da família e da equipe multidisciplinar é essencial para que o paciente se sinta motivado a seguir com os exercícios e adaptações necessárias no seu dia a dia.
Em alguns casos, o acompanhamento psicológico pode ser recomendado para auxiliar na aceitação das mudanças e no controle do estresse, que também pode impactar a saúde do coração.
Fisioterapia: papel central para a recuperação
A reabilitação cardíaca é um processo essencial para que os pacientes recuperem sua qualidade de vida após uma cirurgia cardíaca.
A fisioterapia desempenha um papel central nessa jornada, ajudando a reduzir complicações, fortalecer o organismo e acelerar a volta à rotina. Seguir as recomendações médicas e fisioterapêuticas é fundamental para uma recuperação bem-sucedida.
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