Entenda por que a avaliação estética é uma aliada na obtenção dos resultados dos tratamentos.
Todos que iniciam um tratamento estético, e o profissional que atende os clientes, têm uma expectativa muito grande em relação aos resultados. Cliente e profissional querem que ele seja o melhor possível.
A questão é: como saber se os desejos do cliente podem ser alcançados? E como medir se estamos chegando ao melhor resultado com determinado procedimento? A resposta é: avaliando!
A avaliação estética, muitas vezes, é subestimada ou até deixada de lado por muitos profissionais. Alguns a fazem como uma forma apenas de se resguardar e como se fosse apenas uma simples coleta de dados pessoais do cliente.
O fato é que uma boa avaliação estética pode nos abrir um novo olhar e facilitar a tomada de decisões sobre os melhores procedimentos para aquele cliente.
Confira algumas informações importantes sobre o assunto.
Como fazer uma boa avaliação estética
A avaliação estética deve ser, basicamente, dividida em 6 partes:
1. Dados pessoais
Aqui cabem informações para identificação do cliente, como nome, idade, sexo, endereço, profissão, estado civil, e-mail, telefone e o telefone de um contato para casos de emergência.
Por último, fica a pergunta sobre o motivo da visita que o trouxe até o profissional.
2. Histórico
Esse é o momento da avaliação estética em que o cliente responde a uma série de perguntas que, para o profissional, são superimportantes.
Através dessas respostas ele pode identificar contraindicações para determinadas técnicas e também pode entender melhor os hábitos e estilo de vida do cliente.
Aqui entram perguntas sobre uso de medicamentos, se já fez tratamentos anteriormente e quando, se tem antecedentes cancerígenos, hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, se fuma e/ou bebe, seus hábitos alimentares, quantos litros de água bebe por dia, intestino e ciclo menstrual regular, se pratica esportes, utiliza filtro solar, cosméticos, etc.
3. Avaliação física
Depois de um momento de bate-papo com o cliente, é hora de botar a mão na massa com a avaliação física. Ela pode ser dividida em avaliação corporal e avaliação facial.
Avaliação corporal
O profissional vai precisar de alguns instrumentos auxiliares como fita métrica, adipômetro, balança, máquina fotográfica ou celular. Também é essencial pedir que o cliente venha com traje de banho.
Com a fita métrica, devem ser medidas as principais circunferências: busto, braços, abdômen, cintura, quadril, coxas e panturrilha. O adipômetro pode auxiliar nessas medições.
É importante verificar a altura e o peso inicial do cliente para calcular o IMC. Além disso, vale a pena fotografá-lo em três posições, em pé: lateral, anterior (de frente) e posterior (de costas).
Avaliação facial
Alguns instrumentos auxiliares certamente ajudarão, como máquina fotográfica, luz ou lâmpada de Wood, ou uma lupa convencional com luz.
É importante avaliar a:
- Classificação de Fitzpatrick, para identificação do fototipo do cliente;
- Espessura da pele (espessa x fina), (sensível x resistente);
- Hidratação da pele;
- Oleosidade e acne;
- Pigmentação: Manchas solares, senis, melasmas, efélides e outros;
- Rugas e linhas.
Além disso, registrar com fotos: lateral esquerda, lateral direita e de frente.
Uma dica útil é utilizar como referência para avaliação o sistema de Leslie Baumann.
Atenção!
Tanto para procedimentos corporais quanto para faciais, a cada 5 sessões, em média, deverá ser realizada uma reavaliação.
A reavaliação mostra se os objetivos estão sendo alcançados ou se há necessidade de mudar os rumos do tratamento.
Um cuidado especial deve ser tomado com relação às fotos, que devem ser tiradas da mesma distância das fotos iniciais, no mesmo fundo de cor, luz e com o mesmo traje de banho. Caso contrário, os resultados não serão tão fidedignos.
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4. Plano de tratamento
O ideal é que o profissional levante todas as técnicas possíveis que ele possui e que são indicadas para tratar o cliente.
Além disso, considerar também o número médio de sessões e frequência (semanal, quinzenal, duas vezes na semana, etc).
5. Relatório
A cada sessão, deve-se anotar o que foi feito e pedir um visto do cliente na frente da anotação do procedimento.
6. Termo de responsabilidade
O termo de responsabilidade deve constar na primeira ou segunda folha da avaliação estética e nunca deve ser esquecido.
É através dele que o cliente afirma que passou informações verdadeiras na anamnese e também que está ciente e de acordo com todo o tratamento proposto.
Para facilitar a tarefa da avaliação estética, confira nosso passo a passo para fazer uma ficha de anamnese estética.
Avaliação estética: mais do que uma forma de mostrar resultados reais
A avaliação estética pode e deve ser utilizada como forma de demonstrar resultados reais dos tratamentos aos clientes, mas também como uma forma de saber se o profissional está chegando onde deseja.
Às vezes é preciso mudar um cosmético, uma técnica, investir em um equipamento, ou até fazer um curso novo para aprimorar conhecimentos e ganhar melhores resultados.
Dessa forma, é possível deixar os clientes cada vez mais felizes e satisfeitos. Afinal, eles irão perceber o quanto o profissional também se preocupa!
Quer saber mais ou ficou com alguma dúvida sobre como a avaliação estética é uma aliada nos resultados dos tratamentos? Deixe seu comentário. Será um prazer ajudar!
*este conteúdo foi publicado em junho de 2017 e atualizado em novembro de 2023.
Excelente artigo! Parabéns
Obrigada! 🙂