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Ultrassom dá resultado? Entenda seu uso no tratamento estético

Ultrassom dá resultado? Entenda seu uso no tratamento estético - Blog da Fisio Fernandes

A busca por procedimentos estéticos eficazes e não invasivos tem se tornado uma tendência crescente nos últimos anos.

Entre as opções disponíveis, o ultrassom se destaca como uma ferramenta para tratar diversas preocupações estéticas.

No entanto, muitas pessoas ainda se perguntam se o ultrassom dá resultado ou se é apenas uma promessa vazia.

Visando responder essa pergunta, neste conteúdo abordaremos o uso do ultrassom, seus modos de emissão, frequência, indicações e contraindicações. Confira!

Um recurso da eletroterapia

Antes de saber se o ultrassom dá resultado, é importante entender melhor sobre o aparelho.

Trata-se de um recurso clássico dentro da eletroterapia. Seu uso teve início na fisioterapia para reabilitação e hoje é usado para diversas disfunções estéticas como gordura localizada, lipodistrofia ginoide (celulite) e no pré e pós-operatório.

Existem diversos modelos de diferentes performances, potências (de 24 a 72W)  e tamanhos de aplicadores (de 2 até 24cm), que variam de acordo com atuação do profissional e dos tratamentos a serem realizados.

Conhecendo o ultrassom: parâmetros

O ultrassom consiste em vibrações mecânicas de alta frequência.

São ondas sonoras que provocam oscilações nos tecidos que atravessam por meio do fenômeno da cavitação acústica, que compreende um mecanismo de compressão e dilatação da cerâmica piezoelétrica, descoberta pelo pesquisador Langevin, em 1917.

Essa compressão e dilatação se reproduzem ao movimento de micromassagem, oscilando os tecidos biológicos e gerando “nanobolhas”.

Suas ondas acústicas encontram-se fora do alcance da audição humana e recebem o nome de ultrassonoras, daí o nome ultrassom.

Ultrassom = cavitação, que significa gerar bolha em meio líquido.

O ultrassom terapêutico

O ultrassom terapêutico possui duas frequências: 1 MHz para atingir tecidos mais profundos e 3 MHz para tecidos superficiais, porém, esse conceito tem sofrido alterações.

Provavelmente devido ao avanço tecnológico do mercado de equipamentos ou aos escassos estudos sobre o mecanismo de ação das ondas acústicas nos tecidos biológicos, ou ambos, que permitiram que variações na forma de entrega do ultrassom fossem aplicadas e aceitas na prática clínica.

Como o ultrassom funciona estético

Para entender se o ultrassom dá resultado na estética, é importante saber como ele funciona.

Na estética, muitos equipamentos permitem o uso de 1MHz para pregas maiores, tendo assim uma ação de maior profundidade.

Pois antes a frequência de 1MHz só era utilizada na fisioterapia com o objetivo de reabilitação.

O ultrassom estético pode ser aplicado em diferentes modos de emissão, sendo os principais o modo contínuo e o modo pulsado.

Modo pulsado

Micromassagem, altera a membrana celular tornando-a mais permeável. Faz a degranulação de mastócitos e angiogênese, aumenta a produção de proteína e dispara processo de reparação celular, além de atrair células do sistema imune para a área lesada. 

No pós-operatório, melhora a circulação sanguínea, linfática, reabsorve hematomas e previne a formação de fibroses.

 No modo pulsado é importante ajustar parâmetros como:  

Frequência

É o número de oscilações por unidade de tempo de uma onda, simbolizado por Hz (Hertz), que equivale a uma oscilação por segundo, ou seja, 16Hz é igual a 16 oscilações por segundo, e assim por diante.

Quanto maior o Hz, maior o pulso e menos calor.

Opções de ajuste: 100Hz, 48Hz ou 16Hz, de acordo com o objetivo do tratamento.

 

Ciclo de trabalho

Define-se pelo tempo de atuação da onda do ultrassom, ou seja, se o ciclo estiver em 20%:

80% estará em pausa e 20% estará emitindo a onda de ultrassom.

Opções de ajuste: 20%, 50%, 75%, de acordo com o objetivo do tratamento.

Modo contínuo

Efeito térmico, da atividade metabólica, do aporte sanguíneo e perfusão sanguínea, além de aumentar extensibilidade dos tecidos, especialmente daqueles que contém mais proteína como o colágeno e a elastina.

Nessa modalidade acontece o estímulo das catecolaminas (neurotransmissores e hormônios circulantes) e indução da lipólise, além de mobilizar triglicerídeos e romper a membrana da célula adiposa.

 Para ambas as modalidades, continuo ou pulsado, devemos ajustar a potência.

 Potência

Gerada em watts (W), representa a quantidade de energia produzida por um transdutor.

A intensidade é a taxa na qual a energia é liberada em área por unidade, e é expressa em unidades de watts por centímetro quadrado (w/ cm²)

Para inserir a Potência, fazemos a medida da prega na região a ser tratada com o adaptômetro (cm).

Para determinação da intensidade terapêutica correta, é necessário saber qual a dose ideal que deverá chegar aos tecidos afetados, levando em consideração a fisiopatologia, o objetivo de tratamentos e a atenuação das ondas ultrassônicas nos tecidos superficiais à área tratada.

 

Tempo da Terapia

Tamanho da área dividido pela ERA (7cm). Dividir em quadrantes.

Ou seja, quanto maior a Era, menor será o tempo de aplicação e maior será a área de tratamento.

Conseguimos otimizar as sessões. 

Ultrassom dá resultado: número de sessões necessárias

Na estética, o ultrassom dá resultado, mas para isso são necessárias algumas sessões. Entretanto, o número de sessões varia de acordo com cada pessoa.

Geralmente, é indicada uma média de 8 a 10 sessões e estas podem ser realizadas de uma a duas vezes na semana.

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Contraindicações

  • O ultrassom terapêutico não deve ser aplicado em gestantes ou sobre o útero potencialmente grávido.
  • Não deve ser usado para tratar dor não diagnosticada.
  • Não deve ser aplicado sobre áreas neoplásicas ou sobre áreas onde o tumor foi removido.
  • Não deve ser aplicado sobre os olhos.
  • Não deve ser usado sobre áreas isquêmicas, onde o suprimento sanguíneo pode ser incapaz de suprir a demanda metabólica e resultar em necrose.
  • Não deve ser aplicado sobre epífises ósseas ainda em crescimento.
  • Recomenda-se que um paciente com um dispositivo eletrônico implantado (ex.: marca-passo cardíaco; dispositivo de estimulação cerebral profunda) não seja sujeito à terapia por ultrassom.
  • Não aplicar ultrassom sobre áreas previamente tratadas com radioterapia.
  • Não deve ser aplicado sobre as gônadas para evitar o aquecimento.
  • Não deve ser aplicado sobre a área cardíaca.
  • Não deve ser aplicado sobre áreas de tromboflebite, trombose venosa profunda, êmbolos e aterosclerose grave.
  • Não deve ser aplicado em casos de suspeita de doença infecciosa ou processo inflamatório.
  • Não deve ser aplicado em pele não integra (presença de dermatite, psoríase)
  • Não realizar em pessoas com doenças autoimunes.
  • Evitar aplicação na área de abdome em mulheres com Diu de Cobre e Prata.
  • Não indicado para diabéticos, hipertensos, de alterações de colesterol, triglicérides.

Dicas de manuseio

O ultrassom terapêutico, quando aplicado com movimentos circulares contínuos, pode causar sensação de formigamento e/ou de calor.

Se, no entanto, o aplicador for mantido em um mesmo local por mais de alguns segundos, em altas energias, pode tornar-se desconfortável e comprometer o aparelho.

Para aplicação, é ideal o uso de gel neutro específico ou com ativos para permeação, desde que seja indicado para o uso da eletroterapia.

Dicas para melhores resultados

  • O ideal é associar alimentação equilibrada e atividade física.
  • Associar com terapias manuais após a aplicação, dessa forma acontece a reorganização do tecido adiposo.
  • Assim como todo aparelho, deve ser realizada a calibragem anual para constatar a emissão da potência total do equipamento.

Ainda tem dúvidas se o ultrassom dá resultado nos tratamentos estéticos ou quer saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário. Será um prazer ajudar!

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