Ao longo dos séculos, foram incontáveis as descobertas da ciência: algumas conseguiram alcançar a cura de certas patologias, outras, ainda que sem a mesma eficácia, foram capazes de proporcionar um aumento da sobrevida e, em alguns casos, até mais qualidade de vida durante esse tempo.
O fato é que, seja para tratar ou curar, toda inovação científica já foi apenas uma técnica experimental, o que demanda testes e um longo caminho, para só depois ser aplicada em pacientes reais.
Uma dessas inovações é precisamente a ozonioterapia, método que utiliza uma mistura gasosa de ozônio e oxigênio para fins terapêuticos, que tem demonstrado muita eficiência na odontologia.
Trata-se de uma técnica que, mesmo já tendo sido devidamente regulamentada, ainda divide opiniões. Por essa razão, vamos explicar melhor sua origem e quem pode fazer uso dela atualmente.
O uso de aplicação de ozônio
Os primeiros registros publicados a respeito do uso de ozonioterapia na odontologia remontam ao início do século XX – mais precisamente 1934 – e foram feitos por um cirurgião-dentista chamado Edward Fisch.
Contudo, por conta da necessidade de biocompatibilidade (a capacidade de determinada substância ser compatível com tecidos vivos), só a partir do século seguinte – por volta dos anos 2000 – a técnica passou a ser usada como uma terapia alternativa visando a recuperação de pacientes.
Atualmente há vários estudos a respeito da ozonioterapia, em especial ligados à odontologia, demonstrando que seu uso é altamente recomendado como um importante e eficaz auxiliar das terapias convencionais.
Como funciona a ozonioterapia na odontologia
Dado seu poder altíssimo de oxidação e sua ação antimicróbios, são incontáveis as possibilidades de aplicação da ozonioterapia na odontologia.
Os principais usos são como auxiliar no tratamento de doença periodontal ou suporte de disfunção da ATM – articulação temporomandibular.
Alguns estudos já comprovam que o ozônio possui capacidade de reduzir a sensibilidade pós-cirúrgica e de ação no combate aos micro-organismos da cárie.
Além disso, a ozonioterapia já é livremente empregada para tratar quadros infecciosos e inflamatórios, em casos de necrose do maxilar e em cirurgias, como auxiliar do processo de reparo tecidual.
Formas de aplicação da ozonioterapia na odontologia
Embora a forma mais conhecida de aplicação de ozônio ainda seja a gasosa, há também outras possibilidades como a administração dessa substância em meio a água e óleo.
No caso de tratamentos de canal, a utilização de água ozonizada e do próprio gás ozônio favorece a aceleração da cura de infecções, demonstrando inclusive eficácia no combate aos fungos que possam aderir a dentaduras e demais próteses.
A fórmula que envolve óleo, contudo, é mais aplicável ao tratamento de problemas inflamatórios, bem como no controle de feridas causadas por herpes.
Estudos da ozonioterapia no Brasil
Mesmo ainda estando em fase de popularização, a produção científica brasileira envolvendo as técnicas de ozonioterapia coloca o país em quinto lugar entre as nações que mais promovem estudos laboratoriais e testes clínicos randomizados, perdendo apenas para gigantes como Itália, Alemanha, Cuba e Espanha, que já utilizam aplicações de ozônio como uma técnica corriqueira de saúde.
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Ozonioterapia na odontologia: segura e eficaz
Conforme os vários estudos mundialmente conhecidos, o uso da ozonioterapia na odontologia se revelou uma técnica completamente segura.
A Associação Alemã de Ozonioterapia a classifica como mais segura e eficaz do que o uso do conhecidíssimo AAS (ácido acetilsalicílico), cuja incidência de efeitos colaterais chega a 0,2%. Já no caso da administração de ozônio, se utilizada conforme os protocolos mundiais, essa incidência é de cerca de 0,0007%.
Ozonioterapia no mundo
A expansão da ozonioterapia é cada vez mais incontestável. Oficialmente, é utilizada como tratamento em 14 países, incluindo o Brasil, onde é reconhecida desde 2015.
Importante!
Apesar disso, vale sempre lembrar que só são considerados aptos a exercer essas técnicas terapêuticas os profissionais de saúde habilitados e que realizarem o curso específico para esse fim, cuja carga horária mínima é de 32 horas.
Quer saber mais sobre os procedimentos de ozonioterapia na odontologia ou ficou com alguma dúvida sobre o assunto? Deixe seu comentário. Será uma prazer poder ajudar!