Você sabe como realizar corretamente uma anamnese na estética íntima?
Atualmente, temos visto cada vez mais o aumento de informações e da exposição do corpo feminino. Sem dúvida, essa exploração de imagens cada vez mais padronizadas – corpos esculturais, formas, cores e peles perfeitas – acarreta uma série de autocomparações com os padrões exibidos, e induz a uma busca invariavelmente maior por procedimentos estéticos incluindo a estética íntima.
Mas a área da estética vai além da beleza, trata a saúde de forma multifuncional, pois envolve a autoestima e melhora de vários fatores na vida da mulher, como o feminino e o empoderamento.
E mais do que apenas oferecer benefícios para a autoestima, os procedimentos estéticos íntimos também são muito importantes para a qualidade de vida e função da região, já que alterações na saúde sexual podem interferir diretamente em aspectos psicológicos de uma pessoa. Desta forma, pode-se afirmar que a estética íntima traz consigo uma estética humanizada, na qual o trabalho multidisciplinar envolvendo fisioterapia, ginecologia e, em alguns casos, até psicólogo oferece ainda melhores resultados.
Entretanto, para que os resultados dos procedimentos em si alcancem as expectativas, é imprescindível que a anamnese na estética íntima seja realizada minuciosamente. Para auxiliar nesse trabalho, elencamos 7 dicas indispensáveis para que o profissional faça uma avaliação meticulosa antes de iniciar um tratamento.
A anamnese na estética íntima
Com a demanda, os procedimentos evoluíram, assim como os métodos de abordagem das pacientes. A anamnese, que para muitos antes era uma simples rotina, ocupa agora papel de destaque, principalmente quando se trata de anamnese na estética íntima, por ser um assunto tão delicado e pessoal. É preciso compreender antes, ter acesso a todo o histórico fisiológico, clínico e psicológico da cliente, para então chegar a uma conclusão que indique um tratamento adequado. Para tanto, seguem algumas dicas:
1. Busque entender as necessidades de suas clientes
Procedimentos estéticos íntimos podem envolver processos delicados de autoaceitação ou insatisfação com o próprio corpo, que podem representar anseios tanto da cliente quanto de seu parceiro.
Para que esses procedimentos sejam eficazes e surtam o efeito desejado, é preciso aprofundar-se no conhecimento das reais expectativas e motivações da cliente, para então chegar a um prognóstico de cada caso.
2. Seja minucioso
Anote tudo! É preciso coletar dados detalhados da cliente e arquivá-los devidamente em prontuário, pois a anamnese é personalizada e o atendimento também deverá ser feito nesses moldes. Seja qual for a queixa analisada, ela merece a melhor anamnese que se puder obter.
A qualidade do atendimento prestado nessa fase será, invariavelmente, refletida em resultados mais rápidos e eficazes do tratamento posteriormente.
3. Compreenda com clareza a queixa da cliente
Será necessário investigar para entender com clareza se a queixa da cliente provém de convicções pessoais ou se tem influências externas, por exemplo, de comentários do parceiro.
Além disso, é interessante deixar claro que a decisão pelo tratamento é individual, além de lembrá-la que alguns procedimentos demandam abstinência sexual temporária.
4. Descarte previamente possíveis transtornos
É imprescindível verificar a possível existência de transtornos mentais que influenciem ou, porventura, motivem a busca pela mudança estética.
Em caso de transtorno dismórfico corporal, por exemplo, é aconselhável encaminhar a paciente ao especialista da área para o devido tratamento do transtorno, pois, nesses casos, não há mudança ou melhoria que satisfaça, e logo ocorrerá uma nova busca de intervenções estéticas.
5. Verifique o histórico clínico, hábitos e questões fisiológicas da paciente
Nos dias atuais, quando se trata de saúde estética, todo bom profissional conhece a necessidade de ter em mãos detalhes da fisiologia, história de vida e hábitos de rotina de sua cliente, pois podem haver interferências desses fatores (tanto genéticos quanto epigenéticos) nas alterações estéticas, bem como nos resultados obtidos com os procedimentos de tratamento.
Além disso, precisam ser avaliadas outras questões fisiológicas como menopausa, constipação, possíveis patologias ou intervenções cirúrgicas anteriores, bem como a presença de próteses ou DIU, por exemplo, que podem alterar a forma de proceder ou mesmo inviabilizar o tratamento.
6. Faça uma avaliação física cuidadosa
Apesar de sabermos que não há algo que se julgue propriamente como um padrão estético, a avaliação física é uma parte que demanda certos critérios específicos: devem ser analisados todos os aspectos estéticos presentes, tais como formato, simetria, coloração da pele, lesões ou cicatrizes, flacidez, questionar a paciente sobre a sensibilidade da região íntima, e verificar a integridade sensorial local, se for o caso.
É importante – e até bastante óbvio – que a paciente esteja despida para que a avaliação física seja feita adequadamente e contemple todas as partes do corpo a que o procedimento se refere.
7. Quando fazer o registro fotográfico
É inquestionável a importância dos prontuários estéticos (fichas de anamnese). Mas é igualmente indiscutível que, em alguns casos, o registro fotográfico é parte indispensável desses registros, em especial quando se trata de simetria ou coloração da pele.
O fato é que esses tratamentos demandam certo número de sessões e, com o passar do tempo, a paciente pode simplesmente perder a referência visual de “antes X depois” e acabar não enxergando os resultados ao longo do tratamento.
Recomenda-se inclusive fornecer espelhos para que a própria cliente tenha a visão de sua região íntima, como forma complementar de registro visual. Essa visualização, inclusive, auxilia na avaliação física. Assim a cliente pode apontar com mais precisão o que a incomoda, e suas queixas ficam mais compreensíveis e fidedignas.
Para finalizar, o intuito é avaliar possibilidades, e não expor ninguém. Logo, nos registros fotográficos nunca deve aparecer o rosto da cliente, mas sim apenas a região íntima, que será alvo do tratamento em questão.
Uma alternativa bastante viável em relação à fotografia, é pedir à paciente que tire, com o celular sua própria foto. Desta forma, ela ficará mais segura de que a imagem não está nos arquivos da clínica.
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Ao lidar com tratamentos estéticos de regiões íntimas, estamos abordando questões de insatisfação e insegurança internas, que devem ser levadas muito a sério. O mesmo cuidado vale quando ao se fazer Marketing na Estética Íntima. Assim, a dica-chave de todas, na verdade, é: que a beleza e a autoestima de nossas clientes estejam acima de quase tudo. Mas que se priorize sempre a saúde e o bem-estar de cada uma, pois lidamos com seres humanos, que por si só já merecem nosso carinho, respeito e total profissionalismo.
Trabalhar com estética íntima dá retorno?
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